Águas Santas cuja história se perde na bruma da memória, preserva vestígios dos nossos ancestrais. Um dos mais valiosos testemunhos da Arte Rupestre da Idade do Bronze, é a “Pedra Gravada” decorada com motivos geométricos, e conhecida por Pedra de Ardegães – já que foi descoberta no Lugar de Ardegães – e atualmente encontra-se no Museu de História e Etnologia da Maia.
É uma freguesia do concelho da Maia, estando os seus limites repartidos pelas freguesias de Gueifães, Milheirós, Nogueira, Ermesinde (Valongo), S. Mamede Infesta (Matosinhos) e Pedrouços. A sua superfície é de 7, 860 Km2, sendo a terceira freguesia do concelho em extensão, logo a seguir a Folgosa e a Moreira.
Águas Santas é atravessada pelo rio Leça, que nasce no monte Córdova, em Santo Tirso e desagua em Leça da Palmeira (junto ao porto de Leixões).
Tem cerca de 31 000 habitantes e 23 200 eleitores. Assiste-se a um contínuo crescimento demográfico, associado aos fluxos migratórios de aproximação à cidade do Porto, da qual dista apenas 3,5 Km.
Património Arquitetónico
A Igreja de Santa Maria de Águas Santas também designada por Nossa Senhora do Ó, de visível estilo românico é considerada o ex-líbris da freguesia. Foi classificada como monumento nacional por Dec-Lei de 16 de Junho de 1910.
Desconhece-se com exatidão o ano da sua construção, sendo visíveis as alterações ao longo de várias épocas.
Decorria o ano de 1874, quando, lamentavelmente, o pároco António Ascenção Oliveira mandou construir a atual nave do lado sul e substituir os dois arcos ogivais, então existentes, por um só. Esta alteração foi classificada como ” lastimoso erro de ampliação” pelo estudioso padre Agostinho Azevedo.
Também de grande interesse histórico é a capela de Nossa Senhora de Guadalupe, no lugar do Paço, datada de 1633. Data a que, eventualmente, se pode referir alguma reconstrução, já que existe alguma informação de que foi construída em 1580.
Possui riquíssimos altares de talha dourada ali colocados em 1746 e totalmente restaurados em 1985.
Todas as imagens da capela também foram restauradas, preservando-se a sua genuinidade.
As paredes interiores e a abóbada sobre o altar-mor da Ermida revelam notáveis pinturas a fresco representando vários passos da Paixão de Jesus Cristo e vários emblemas alusivos a Nossa Senhora de Guadalupe, tirados da ladainha. Restauros iniciados em 2001 e terminados em Maio de 2005.
Não pode deixar de ser admirado um órgão de tubos que ali foi colocado 1827.